sexta-feira, 1 de novembro de 2013

A DISTRIBUIÇÃO DE ÁGUA NO MUNDO

 
 
 
DISTRIBUIÇÃO DE ÁGUA NO MUNDO
 
 

domingo, 19 de maio de 2013

Boatos fazem governo negar fim do Bolsa Família



Uma onda de boatos de que o governo iria suspender o Bolsa Família, principal programa de transferência de renda federal, levou o Ministério do Desenvolvimento Social a divulgar uma nota negando a possibilidade.

Após os boatos, segundo informações preliminares, houve corrida a caixas eletrônicos em algumas cidades do Nordeste.

O programa existe há dez anos e atende 13,8 milhões de famílias.
"O Ministério do Desenvolvimento Social reafirma a continuidade do Bolsa Família, assegura que o calendário de pagamentos divulgado anteriormente está mantido e que não há qualquer possibilidade de alteração nas regras do programa", diz a nota.

terça-feira, 14 de maio de 2013

A urbanização de São Paulo


Banda larga no Brasil é a 2ª mais cara entre 15 países, diz pesquisa

O preço médio da banda larga no Brasil é um dos que mais pesam no bolso do consumidor, considerando a relação entre o valor cobrado por 1 Mbps (megabit por segundo) e a renda da população. É o que mostra um levantamento feito com 15 países.
O brasileiro precisa trabalhar 5,01 horas por mês para se conectar à rede de banda larga fixa de 1 Mbps. O país só perde para a Argentina, onde são necessárias 5,15 horas. O Japão aparece na última posição do ranking: naquele país, a população precisa trabalhar 0,015 hora para pagar pelo acesso.

HORAS DE TRABALHO PARA PAGAR INTERNET POR MÊS

POSIÇÃOPAÍSPREÇO DE 1 MBPS (EM US$) POR MÊSRENDA PER CAPITA POR HORA (EM US$)HORAS PARA PAGAR INTERNET
Argentina468,925,15
Brasil25,065,005,01
África do Sul19,045,573
Chile23,048,52,71
Polônia13101,3
Portugal10,99120,91
Canadá6,5200,32
Holanda4,31220,2
Finlândia2,77190,14
10ºEstados Unidos3,33250,13
11ºNoruega4,04320,12
12ºFrança1,64180,09
13ºSuécia0,63210,03
Coreia do Sul0,45150,03
15ºJapão0,27180,015

O levantamento foi feito pelo economista e professor da FGV Samy Dana em parceria com o graduando em Economia pela UFV-MG (Universidade Federal de Viçosa) Victor Candido.
Os cálculos foram feitos com base nos dados do relatório The State of the Internet (da consultoria Akamai) e do Internet World Stats Broadband Penetration (do Internet World Stats). Para se chegar à renda média per capita de cada país, foram usados dados do Banco Mundial.
Segundo esses dados, o preço médio do acesso no Brasil a uma velocidade de 1 Mbps é de US$ 25,06, ou cerca de R$ 50,52 por mês segundo a cotação do último dia 10 de maio. Considerou-se uma renda média por hora, per capita, de US$ 5, ou R$ 10,08.
Para efeito de comparação, no Japão, o valor médio cobrado pelo acesso à internet é de US$ 0,27, ou R$ 0,55. Como a renda média per capita recebida por hora lá é mais alta (US$ 18, ou R$ 36,32), a quantidade de horas de trabalho necessárias para se fazer o acesso é bem menor.
Na pesquisa, foram selecionados países que lideram o acesso à internet no mundo, entre nações desenvolvidas e emergentes.

Muitos tributos e pouca concorrência

Para o economista Samy Dana, o alto preço cobrado no Brasil tem relação com a alta carga tributária: enquanto o país paga 40% de impostos sobre os serviços de banda larga, no Japão os tributos representam 5% do preço.
"De um lado, existe um governo que tributa muito. Por outro lado, o setor tem poucas empresas, o que faz com que a concorrência seja pequena para a dimensão que o país tem. Um setor de pouca competição e com regulação ineficiente deixa o consumidor refém do preço. O resultado é um serviço ruim e caro, que acaba sendo um entrave para o desenvolvimento do país", diz o economista.

Preço caiu 68% desde 2008

O diretor-executivo do Sindicato Nacional das Empresas de Telefonia e de Serviço Móvel Celular e Pessoal (SindiTelebrasil), Eduardo Levy, questiona a comparação com países como o Japão.
"O brasileiro também gasta mais tempo para comprar um automóvel ou um iPad do que um japonês. Mas pesquisas mostram que o preço da banda larga fixa caiu 68% desde 2008 no Brasil", afirma. "Se o serviço fosse tão caro, não haveria tanta gente usando."
Levy afirma que a cobrança de acesso a uma velocidade de 1 Mbps por US$ 25,06, ou pouco mais de R$ 50, não é realidade no país, sobretudo por causa das promoções feitas pelas empresas.
A associação cita dados da União Internacional de Telecomunicações (UIT), organismo da ONU, que mostram que o brasileiro gasta, em média, US$ 17,22 ao mês com banda larga, ou R$ 34,86. No Japão, segundo a UIT, o gasto médio mensal é de US$ 24,41, ou R$ 49,41. A pesquisa da UIT não fala em velocidade (considera apenas o valor mensal para fazer um download de 1 Gigabyte).
Os realizadores do estudo dizem que o valor usado é uma média geral, considerando cidades de todos os portes.

Internet 3G: veja o que atrapalha e o que ajuda a captar o sinal13 fotos

8 / 13
PARCIAMENTE VERDADE - O caso da panela lembra outra gambiarra, aquela que usa um pote vazio de batatas Pringles em volta da antena do roteador Wi-Fi. ""Dependendo da situação, a panela pode funcionar como antena adicional, concentrando os feixes radioelétricos e dando a impressão de sinal melhor"", explica Zanateli. Mas a solução caseira pode não dar certo, principalmente se no local houver barreiras ao sinal, frisa Bottesi. ""O sinal que o celular tem de enviar à antena pode ser prejudicado também. Só testes em laboratório comprovariam a eficácia disso""

segunda-feira, 13 de maio de 2013

Manchester City surpreende e demite Roberto Mancini

A diretoria do Manchester City surpreendeu e anunciou nesta segunda-feira a demissão do técnico Roberto Mancini. Ele estava no cargo desde a temporada 2009/2010, mas não resistiu à perda do título inglês para o rival Manchester United e à derrota na decisão da Copa da Inglaterra, no último sábado, quando viu sua equipe ser surpreendida pelo modesto Wigan e ficar com o vice após a derrota por 1 a 0.
Mancini nunca foi uma unanimidade no City, mas a diretoria seguia prestigiando o treinador. A gota d''água, no entanto, foi justamente a derrota na decisão para o Wigan, que deixou o time sem título nesta temporada. "Apesar dos esforços de todos, o clube não conseguiu alcançar nenhum dos objetivos traçados no início deste ano, a não ser a classificação para a Liga dos Campeões da Europa", justificou o clube em comunicado.
A notícia pegou a todos de surpresa, já que o Manchester City ainda tem duas partidas para disputar no Campeonato Inglês. Nesta terça, a equipe enfrenta o Reading, fora de casa, e encerra sua campanha no domingo, contra o Norwich, em casa. O assistente Brian Kidd assumirá interinamente nestes jogos.
Roberto Mancini chegou ao City no início da nova ''era milionária'' do clube, após a compra por um grupo dos Emirados Árabes. Com ele, a equipe se tornou uma das principais potências da Inglaterra e conquistou três títulos: a Copa da Inglaterra (na temporada 2010/2011), o Campeonato Inglês (2011/2012) e a Supercopa da Inglaterra (2012).
Mas o objetivo era transformar o clube em uma potência no cenário europeu, o que não aconteceu. O Manchester City até se classificou para as últimas duas edições da Liga dos Campeões, mas decepcionou e caiu na primeira fase em ambas, apesar de contar com grandes estrelas em seu elenco, como Yaya Touré, David Silva, Tevez e Agüero.
"Os números do Roberto falam por si e ele tem grande respeito e gratidão aqui por todo seu trabalho duro e compromisso nos últimos três anos e meio. Ele também conquistou o respeito e o amor de nossos fãs. Ele teve sucesso ao conquistar o Campeonato Inglês. Eu gostaria de agradecer pessoalmente e publicamente a ele pela dedicação ao progresso e por seu apoio e amizade", disse o presidente do clube, Khaldoon Al Mubarak.
O Manchester City não comentou sobre o substituto de Mancini para a próxima temporada e pouco vinha sendo especulado na imprensa europeia sobre sua saída. Ao longo da temporada, no entanto, o nome de José Mourinho, do Real Madrid, foi citado em alguns rumores. Carlo Ancelotti, do Paris Saint-Germain, é outro que poderia estar na mira.

Professora ganha na Justiça R$ 17 mil por fotos de lingerie divulgadas

Professora ganha na Justiça R$ 17 mil por fotos de lingerie divulgadas

 
Uma professora de matemática de Palmital (414 km de São Paulo) conseguiu na Justiça o direito de receber R$ 17 mil de indenização, por danos morais, por ter imagens dela só de calcinha e sutiã divulgadas na internet. Os condenados pelo constrangimento são dois ex-colegas de faculdade. Não cabe recurso da decisão.
Segundo a ação, a professora foi convidada em 2008 para posar para fotos apenas de lingerie quando ainda era estudante da Fundação Educacional de Assis (434 km de São Paulo), de quem já havia sido "garota-propaganda" no mesmo ano. As fotos seriam para ilustrar um trabalho acadêmico. A moça aceitou com a condição de não ter o rosto divulgado.
A proposta foi feita pelo então estudante de administração Marcelo Costa Cintra, que pediu a colaboração da colega Elizangela Aparecida Fernandes dos Santos, que armazenou as imagens em um pen drive. Em sua defesa no processo, Elizangela alegou que esqueceu o pen drive no laboratório da faculdade e que somente o encontrou três dias depois. Cintra foi julgado à revelia porque não apresentou defesa.
A professora, cujo nome não foi divulgado pelo fato de a ação transitar em segredo de Justiça, declarou no processo que "se constrangeu profundamente ao saber que fotos suas em situações íntimas, de corpo inteiro, inclusive reproduzidas em alta resolução da região da genitália, estavam circulando pela rede mundial de computadores".
Ainda de acordo com a ação, "em algumas fotos houve 'close' de sua face, ensejando ampla identificação pessoal e publicidade ofensiva, com requintes de difamação, calúnia e injúria".
Isac Milagre de Oliveira, 65, um dos advogados da vítima, afirmou que sua cliente passou por muitos constrangimentos devido à divulgação das fotos. "Sabe como é cidade pequena. Todo mundo fica comentando. E ela acabou perdendo uma oportunidade de trabalho numa escola por causa da confusão", disse.

Outro lado

Em primeira instância, Cintra e Elizangela foram condenados a pagar R$ 20 mil para a colega de faculdade. Mas o valor foi diminuído para a metade no Tribunal de Justiça de São Paulo em janeiro deste ano. Com juros e correções, a indenização sobe para R$ 17 mil.
Segundo João Francisco Gonçalves Gil, 54, advogado de Elizangela, os advogados da professora serão procurados para uma "composição", com o objetivo de parcelar o valor da indenização. "Não há mais o que discutir porque a sentença já transitou em julgado", afirmou.
O advogado Sergio Augusto Frederico, contratado por Cintra, foi procurado pela reportagem do UOL nesta segunda-feira (13) para se manifestar sobre o assunto, mas não foi encontrado. Em seu escritório, a informação é de que ele estava ausente de Assis.

ECONOMIA NO BRASIL E NO MUNDO

A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) subiu 1,94% nesta quarta-feira, aos 60.410,66 pontos, completando o terceiro pregão consecutivo de alta. Esta é a primeira vez que a Bolsa brasileira supera os 60 mil pontos desde 21 de julho do ano passado. No mês, a Bolsa está ganhando quase 7%, enquanto no ano a alta acumulada é de cerca de 61%.
A cotação do dólar comercial caiu 0,39%, a R$ 1,80 na venda, completando o terceiro dia consecutivo de perdas. No mês, a moeda tem queda acumulada de 4,71%; no ano, de 22,85%.
Apesar da jornada de crescimento do mercado de ações brasileiro, analistas recomendam cautela. Segundo previsões com base em situações similares ocorridas no passado, é possível que depois desta arrancada, as ações listadas na Bovespa sigam uma tendência de queda generalizada.
Entre as notícias importantes de hoje, a taxa de desemprego no Reino Unido subiu para 7,9% entre maio e julho, para 2,47 milhões de pessoas de fora do mercado de trabalho. Este é o maior nível desde 1996.
No Brasil, a economia abriu 242.126 postos de trabalho com carteira assinada em agosto, o melhor desempenho de 2009. Também é o melhor resultado para o mês desde 1992.
Após adiar os planos de investimentos por conta da crise financeira mundial, a montadora Hyundai decidiu construir uma fábrica no Brasil a partir do ano que vem. O total investido deve ser de US$ 600 milhões e a capacidade de produção deve atingir 100 mil veículos por ano.
Na Ásia, motivadas pelos indicadores positivos das vendas no varejo nos Estados Unidos, as Bolsas fecharam em alta. O índice de Tóquio avançou 0,52%.
O índice europeu de ações FTSEurofirst 300, que reúne as principais ações do continente, subiu 1,27% e superou os 1.000 pontos no fechamento pela primeira vez em 11 meses.


Profissionais negras descrevem memórias de preconceito no cotidiano

Profissionais negras descrevem memórias de preconceito no cotidiano


A jornalista Luciana Barreto afirma que foi diversas vezes confundida com maquiadora nos bastidores

Em 1994, a PUC-Rio (Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro) inaugurou um convênio com uma rede de cursos pré-vestibulares voltados para alunos negros e carentes que se tornaria um dos primeiros programas de ação afirmativa do país.

Por meio do convênio, alunos negros aprovados no vestibular recebiam bolsas para cursar a universidade, o que acabaria representando uma revolução na história de centenas de jovens que puderam assim se formar e entrar no mercado de trabalho.
 
A história do programa é tema do livro Afrocidadanização - Ações Afirmativas e Trajetórias de Vida no Rio de Janeiro (Editora PUC-Rio), escrito pelo pesquisador Reinaldo da Silva Guimarães e lançado no mês passado.
Duas alunas egressas do programa de ação afirmativa conversaram com a BBC Brasil sobre suas experiências.
Uma delas, a historiadora e advogada Miracema Alves, resumiu assim a situação enfrentada por ela e outros negros no país: "A exclusão no Brasil é tão pesada que ela se torna uma coisa natural, as pessoas começam a ver aquilo com naturalidade."

Confira abaixo trechos dos depoimentos.

Luciana Barreto, jornalista

Desde criança eu sonhava em ser jornalista, mas eu venho de uma família muito pobre da Baixada Fluminense. Nunca ninguém tinha entrado na universidade na minha família.Meu pai era motorista de ônibus, minha mãe trabalhava com movimento social, enfim, eu não tinha condição nenhuma de fazer jornalismo, apesar do meu sonho.O que aconteceu foi que a PUC -Rio fez esse convênio, que se os alunos do projeto passassem (no vestibular), eles iriam isentar os primeiros meses até sair a proposta de bolsa. E foi o que aconteceu. Eu fui a primeira aluna do projeto a entrar em jornalismo, em 1997.
(Depois de passar no vestibular) eu achava que era o fim do meu drama, mas era só o começo. Porque eu já estava desempregada, e o valor da passagem da minha casa para a universidade ficava um terço do salário do meu pai.
Aí caiu a ficha. Meu pai era motorista de ônibus e nessa época ele tinha amigos em uma empresa que fazia essa linha de Cabuçu (bairro de Nova Iguaçu), onde eu morava, até o Rio de Janeiro. (Então) eu pegava carona com motoristas. Na verdade o fiscal me botou para fora várias vezes, era aquele drama. Outro trecho eu fazia a pé e, em outro, pagava passagem.

Todo dia tinha que ter um esquema. Eu fazia faxina para ajudar na passagem, eu vendia bijuteria, enfim, fazia tudo que era possível. E eu contava muito com a ajuda de amigos, parentes, a solidariedade de gente do bairro.

Era uma dificuldade, você imagina que eu precisava acordar às 3h30 da manhã. Eu pegava o ônibus de 4h20 para pegar a aula das 8h. Então eu pegava carona, eu já estava muito humilhada. Eu não tinha dinheiro para comer, passava o dia inteiro sem comer, uma vez eu desmaiei, isso acontecia com muitos alunos.

Era tudo muito novo para todo mundo. Aquele era um mundo muito diferente, desde a vestimenta, desde a nossa aparência.

Eu me lembro de que no meu trote, de cento e poucas pessoas, eu era a única negra. Eu fui durante um bom tempo a única negra desse curso, do jornalismo. Quando eu entrei na universidade, no meu primeiro dia, eu chorei muito. Eu falei para minha mãe, "eu não quero mais voltar, esse mundo não me pertence, eu não tenho condições de enfrentar isso".

Do terceiro semestre em diante eu arrumei estágio. Eu entrei no jornalismo porque meu sonho era trabalhar no antigo Jornal do Brasil, (mas) eu fazia prova (de estágio) para jornais impressos e não passava para nenhum e fazia provas para a televisão e passava.

Enfim, o fato é que Deus me abençoou muito e eu fui ficando no mercado de televisão. Eu vou te dizer, vou fazer 12 anos de formada e não fiquei nenhum dia desempregada.

Aí eu entrei no vídeo, fui fazendo vídeo, e eu tive muitas dificuldades de preconceito racial. Você não imagina o quanto a gente passa de preconceito racial.

(As pessoas dizem) ah, você está no vídeo porque você é negra, porque eles precisam de alguém negro. Você nunca está no vídeo porque você é competente.

Miracema Alves dos Santos, historiadora e advogada

Eu tinha 18 anos quando eu entrei na faculdade de história, eu tenho 47 agora. Fiz história na Faculdade de Humanidades Pedro 2º, que foi extinta.

  • Arquivo pessoal
    A historiadora e advogada Miracema Alves teve de convencer um professor de que a resposta certa em uma prova era fruto de seus estudos, não "adivinhação"

Na verdade, logo que eu me formei, eu consegui dar aula na (Universidade) Cândido Mendes de Ipanema. Eu trabalhei na Cândido Mendes durante sete anos. Aí depois eu fiz concurso para o Estado, passei, sou professora do Estado há 20 anos. E depois eu fiz concurso para o município de Caxias, aqui no Rio, e passei. Sou professora do município de (Duque de) Caxias há 15 anos.
Eu tinha muito amigos advogados e eles viviam falando comigo, poxa, vai fazer direito, você é uma pessoa que gosta de estudar.

(Mas) eu decidi que eu ia fazer um mestrado em história. Aí tentei, passei na prova, os professores elogiaram a minha prova, mas depois me reprovaram na entrevista.

Quando eu saí da entrevista, toda felizinha e tal, tinha uma moça negra que trabalhava lá na universidade que me chamou e disse: "calma".

Eu levei um susto, porque na entrevista eles me disseram que a minha prova estava muito boa e mesmo assim me reprovaram.

Eu sempre fui muito crítica, desde criança, minha mãe fala. E fazer história foi uma maneira de eu entender melhor os porquês. Você sabe, você é criança na escola e você sofre preconceito o tempo todo. Entre os seus colegas de escola, todo mundo namora, mas você tem mais dificuldade de arrumar um namorado, apesar de você ser bonita. Hoje, eu sei que eu sou bonita, mas, quando eu era criança, tudo me fazia crer que eu era feia, porque o negro é feio.

Aí eu fiquei tão decepcionada que falei: quer saber uma coisa? Vou tentar o direito. Aí eu tentei, consegui entrar na PUC, fiquei toda feliz. Eu entrei direto, no sistema de reingresso. Como eu já tinha graduação, eu podia tentar essa forma, e foi o que eu fiz. E aí eles me admitiram. Entrei em 1994 e me formei em 1999.

Eu fazia PUC de manhã, dava aula à noite. Quando eu entrei na PUC eu entrei pagando porque eu trabalhava, dava para pagar, bem apertado, porque era caro, mas eu entrei pagando. Mas aí eu fui demitida e pedi bolsa. Acredito que, porque eu tinha notas muito boas, eles me concederam prontamente. Eu achava que era uma bolsa que eu teria que pagar depois, mas, porque eu era negra, eles acabaram me incluindo nesse grupo (de negros e carentes) sem eu nem saber.

Hoje, além de dar aula (de história) em três escolas, eu advogo. Mas aconteceu exatamente o contrário do que eu planejei, eu planejei trabalhar mais com o direito. Eu advogo para os meus amigos e conhecidos, eu tenho uma clientela que é muito pequena, eu não ganho dinheiro com o direito, ganho uns trocados, né? Quando pinta um trocado.

Uma vez eu fiz uma prova, tirei nota boa, mas aí eu notei que o professor não tinha considerado uma questão que eu sabia que estava certa. Aí eu cheguei para o professor e perguntei : "e essa questão aqui?". E ele falou assim, "como é que você adivinhou isso?" Aí eu falei: "professor, eu não adivinhei, eu estudei".

Pois é, essa questão do preconceito é muito difícil. Quando não é uma coisa muito direta e alguém te chama de macaca, quando não é uma coisa assim, bem direta, fica sempre a dúvida.

Você sabe que o brasileiro criou formas de ser preconceituoso sem demonstrar completamente. É a questão do preconceito velado. Às vezes, eu converso com meus colegas brancos sobre situações que eu passo e eles dizem: "ah, mas pode não ter sido preconceito". É realmente pode não ter sido, mas quando você é negro, você sente a diferença, porque é com você.

A exclusão no Brasil é tão pesada que ela se torna uma coisa natural, as pessoas começam a ver aquilo com naturalidade. O preconceito está nisso, em achar que um negro só pode estar em posições e lugares subalternos.

terça-feira, 19 de março de 2013

AMIL

 
 
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BOLSAS DE VALORES EUROPA

Bolsas da Europa caem, com mercado à espera de definições no Chipre
 
Os principais índices acionários da Europa registram queda nesta terça-feira (19), com o mercado à espera de definições sobre a nova taxa de imposto que o governo do Chipre pretende adotar para poder receber ajuda financeira do BCE e do FMI (Fundo Monetário Internacional).Às 11h50 (horário de Brasília), o índice DAX, da Bolsa de Frankfurt, caía 0,29%, para 7.987 pontos. Em Milão, o FTSE-Mib tinha baixa de 0,43% no mesmo horário, para 15.855 pontos. Na França, o CAC de Paris registrava perda de 0,51%, aos 3.805 pontos, enquanto o espanhol IBEX35 tinha queda de 0,92%, para 8.428 pontos.
Na Inglaterra, porém, o principal índice de ações da Bolsa de Londres, o FTSE100, mostrava ligeiro ganho de 0,11% às 11h52, aos 6.467 pontos. Os mercados na Europa fecham em torno de 13h30 (horário de Brasília).O Parlamento do Chipre vota hoje a adoção de um plano para impor uma taxa sobre os depósitos bancários no país do mar Mediterrâneo, o quinto a receber um resgate do BCE e do FMI desde o início da crise.Os credores internacionais exigiram a aplicação da taxa para conceder o empréstimo de € 10 bilhões (R$ 26 bilhões) aprovado no sábado (16). O anúncio, que foi inédito entre os países que pediram ajuda a União Europeia, preocupou os mercados e empurra para baixo as Bolsas mundiais.Um documento obtido pela Reuters revela que o governo deve amenizar as regras do plano, isentando da nova taxa as contas com menos de € 20 mil. Já para aquelas com valores acima de € 100 mil, o imposto cobrado pelos depósitos seria de 6,75%. Contas com mais de € 100 mil seriam taxadas em 9,9%.Contudo, o Chipre anunciou nesta terça-feira que não conseguirá alcançar a meta de economia exigida pelos credores internacionais se não taxar os pequenos poupadores. A taxação das poupanças foi anunciada como a solução para honrar os compromissos com o BCE e o FMI.O anúncio do imposto provocou uma corrida aos bancos para sacar os depósitos sujeitos ao tributo. Devido à preocupação com a retirada em massa, o governo local decretou feriado bancário até quinta (21). Além dos bancos, a bolsa de valores local não opera durante esses dias.

BASE MILITAR ESTADOS UNIDOS

                    Explosão em base militar mata sete nos Estados Unidos

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

Uma explosão acidental ocorrida na noite de segunda-feira deixou sete mortos e vários feridos na base militar de Hawthorne, no Estado americano de Nevada, anunciou o porta-voz dos fuzileiros navais americanos, capitão Binford Strickland.
O acidente aconteceu pouco antes das 22h de segunda-feira (02h de terça, no horário de Brasília) durante um exercício de treinamento realizado na base,
Os feridos, cujo número exato não foi informado, foram hospitalizados. Todas as vítimas faziam parte da segunda divisão dos fuzileiros navais.
"Lamentamos estas mortes e é com pesar que guardaremos a memória de sua coragem e seu sacrifício", declarou o general de divisão Raymond C. Fox, comandante do corpo de fuzileiros navais.
Um dos maiores hospitais da região recebeu nove pacientes, incluindo um que morreu, três es estado grave e mais outros cinco, de acordo com a porta-voz Stacy Kendall.
Todos os pacientes são homens de menos de 30 anos, disse ela. A porta-voz disse que entre os ferimentos estão fraturas e lesões vasculares.
Os nomes dos mortos não serão divulgados até que as famílias sejam notificadas.
A segunda divisão de Marines fica no Camp Lejeune, no Estado da Carolina do Norte.
Uma investigação foi aberta para determinar as causas da explosão.
A base de Hawthorne é utilizada principalmente para armazenar equipamentos militares e munição. O conjunto é formado por por centenas de prédios distribuídos por cerca de 600 quilômetros quadrados.

SUS - OBESIDADE

           Custos ao SUS com obesidade chegaram a R$ 488 milhões em 2011

JOHANNA NUBLAT
DE BRASÍLIA


O custo com internações e tratamentos relacionados à obesidade na rede pública apenas no ano de 2011 pode ter chegado próximo de R$ 490 milhões. Um quarto desse valor está relacionado à obesidade grave.É o que estima um estudo conduzido pela UnB (Universidade de Brasília) e divulgado, nesta terça-feira, pelo Ministério da Saúde.A estimativa leva em conta tanto o atendimento de problemas diretamente relacionados à obesidade quanto cuidados com 26 doenças relacionadas ao excesso de peso --por exemplo, diabetes, hipertensão arterial e diversos tipos de câncer.
"Se considerássemos só o custo da obesidade em si teríamos R$ 32 milhões, que é o custo da cirurgia bariátrica. Mas, a partir de dados epidemiológicos, em que avaliamos a associação a doenças e o percentual de casos de diabetes e hipertensão devidos à obesidade, a gente conseguiu chegar a um custo mais alto e verificar o quanto a obesidade onera o SUS", disse Michele Lessa, autora da pesquisa.Do custo total de R$ 488 milhões estimado para 2011, R$ 166 milhões estão ligadas a doenças isquêmicas do coração, R$ 30 milhões ao câncer de mama e R$ 27 milhões à diabetes.
Por terem maior participação na população brasileira com obesidade grave (1,14% das mulheres contra 0,44% dos homens), as mulheres tiveram maior participação neste custo --cerca de R$ 328 milhões.O ministério estima que cerca de 15% dos brasileiros sejam obesos. Como comparação, esse percentual chega a 20,5% na Argentina, 25,1% no Chile e 27,6% nos Estados Unidos.
O ministro Alexandre Padilha (Saúde) afirmou que esse "é o momento para agir se não queremos atingir níveis tão graves, como o dos Estados Unidos, do Chile ou mesmo da Argentina".
Apesar de a fotografia ser melhor no Brasil, o país tem registrado um aumento médio de 0,76% na taxa de obesidade a cada ano. A obesidade é definida por um IMC (Índice de Massa Corporal) a partir de 30.Já o excesso de peso (definido por IMC entre 25 e 30) tem crescido, em média, 1,05% a cada ano.A autora da pesquisa alertou para o crescimento mais acelerado ainda da obesidade grave (IMC a partir de 40).
"A obesidade grave, mórbida, vem num crescimento 4,3% mais rápido que a obesidade em si. Além da epidemia de obesidade, os mais graves estão com aumento de prevalência maior", disse durante coletiva nesta terça.E o caminho, continuou ela, não deve passar pela responsabilização do obeso. "O Estado tem responsabilidade na criação de ambientes saudáveis".
NOVA LINHA DE CUIDADOS
Junto com a apresentação da pesquisa, o ministério lançou uma nova linha de cuidados voltada à obesidade, com a inclusão de novas cirurgias, a redução da idade para realizar a cirurgia bariátrica (de 18 para 16 anos) e o reajuste dos procedimentos em até 20%.Em 2012, foram realizadas 6.029 cirurgias bariátricas no SUS. Em 2008, foram feitas 3.195.Segundo Patrícia Jaime, coordenadora de alimentos e nutrição do ministério, a nova linha de cuidados pode resolver o que chamou de "lacunas assistenciais".