terça-feira, 17 de novembro de 2009

Oriente Médio - Israel , bloqueio de Gaza

Ban Ki-moon reitera chamada para que Israel levante bloqueio de Gaza



Nações Unidas, 16 novembro de 2009 (EFE)
O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, reiterou hoje a chamada do organismo mundial à Israel para que levante o bloqueio ao que está submetida a faixa palestina de Gaza há mais de dois anos.

"O Governo de Israel deveria permitir o acesso a Gaza de assistência humanitária e bens não humanitários necessários para a reconstrução de propriedades e infraestrutura", assegurou Ban em um relatório à Assembleia Geral da ONU sobre a situação dos direitos humanos nos territórios palestinos ocupados.

A ofensiva militar israelense contra o Hamas em dezembro e janeiro passados, unido ao fechamento dos pontos fronteiriços, causaram uma grave crise na prestação de serviços públicos básicos, como a disponibilidade de água potável, segundo o secretário-geral.

Ban Ki-moon lembrou que o Exército israelense impede a passagem de quase todos os materiais que não sejam alimentos, remédios e certos aparatos industriais ou elétricos.

"Estas duras restrições, junto a uma quase total proibição das exportações, teve um efeito devastador na economia de Gaza. O bloqueio também dificultou severamente o exercício dos direitos econômicos, sociais, culturais, assim como políticos e civis", afirmou.

O relatório também recolhe as denúncias de adolescentes palestinos que asseguram haver sido maltratados a mãos de soldados israelenses enquanto estavam detidos.

Ban lembrou que todas as partes neste conflito devem respeitar escrupulosamente suas obrigações de acordo ao direito internacional humanitário e aos direitos humanos.

Também instou a Israel a pôr fim aos desalojamentos e demolições de imóveis palestinos em Jerusalém Oriental e outros pontos da Cisjordânia até que se aplique o regulamento urbanístico de uma maneira "não discriminatória".

"Às vítimas dos desalojamentos se lhes deve dar a possibilidade de receber compensações e se devem pôr fim imediatamente às demolições punitivas", acrescentou.

Só entre janeiro e julho passados, um total de 194 pessoas foram expulsas de suas casas em Jerusalém Oriental por causa da demolição de seus lares, segundo o documento.

Além disso, a ONU calcula que há outras 1.500 ordens de demolição das autoridades israelenses pendentes e prestes a serem executadas.

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