segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Colômbia em alerta

Colômbia alerta que vai repelir "intervencionismo" de Chávez
A Colômbia advertiu nesta segunda-feira que repelirá a política "intervencionista" e "expansionista" do presidente da Venezuela, Hugo Chávez, depois de ele ter intensificado suas críticas a um acordo militar da Colômbia com os Estados Unidos que desatou uma crise diplomática entre os dois países vizinhos.
O embaixador da Colômbia na OEA (Organização dos Estados Americanos), Luis Alfonso Hoyos, disse que o governo do presidente Alvaro Uribe recorrerá a esse órgão para denunciar as constantes agressões de Chávez e sua intervenção em assuntos internos.
"O governo nacional repelirá todas as ações do projeto expansionista na Colômbia ratificado publicamente pelo presidente Hugo Chávez. De nenhuma maneira se pode tolerar que os colombianos de bem sejam insultados", disse um comunicado lido por Hoyos.
Chávez pediu no domingo que sua ministra da Informação, Blanca Eckhout, faça "tudo o que for necessário" para que suas reivindicações sejam difundidas na Colômbia.
O presidente venezuelano propôs recorrer a aliados na Colômbia, que disse serem muitos, para transmitir suas mensagens.
"A burguesia colombiana não quer que esta minha palavra chegue ao povo, tem medo de que a palavra de Chávez seja ouvida pelo povo da Colômbia", afirmou Chávez, que admitiu ter simpatias pelo Polo Democrático Alternativo, um dos principais partidos de oposição a Uribe.
Chávez também ordenou a investigação nas empresas colombianas na Venezuela para detectar possíveis vínculos com o narcotráfico.
As relações entre Colômbia e Venezuela voltaram a ficar turbulentas depois da decisão de Uribe de firmar um acordo com os EUA que permite aos militares norte-americanos o uso de pelo menos sete bases colombianas no combate ao narcotráfico e ao terrorismo.
Chávez garante que as bases constituem uma ameaça para seu país e seu projeto político de implementação do socialismo, enquanto Uribe nega que essas instalações possam ser usadas para ataque a vizinhos ou desenvolvimento de projetos intervencionistas.
Chávez tem como aliado nessas rejeição o presidente da Bolívia, Evo Morales, que recentemente chamou Uribe de "traidor" por permitir a presença de militares norte-americanos em seu território e na América Latina.
A questão das bases será abordada pelos presidentes sul-americanos na sexta-feira, em uma cúpula da União de Nações Sul-Americanas (Unasul), em Bariloche, na Argentina.

sexta-feira, 14 de agosto de 2009

Brasil - Petrobrás em queda


A Petrobras registrou lucro líquido de R$ 13,55 bilhões no primeiro semestre deste ano, queda de 20% frente aos R$ 16,956 bilhões observados entre janeiro e junho de 2008, que haviam sido recordes na história da empresa. No segundo trimestre, a estatal lucrou R$ 7,734 bilhões, redução de 20,4% em relação aos R$ 9,717 bilhões verificados em igual período no ano passado. Em relação ao primeiro trimestre deste ano, no entanto, houve alta de 33%, na comparação com os R$ 5,816 bilhões registrados de janeiro a março. O resultado, no trimestre, ficou acima das previsões dos analistas consultados pela Folha Online, que estimaram lucro entre R$ 6 bilhões e R$ 7 bilhões. A queda no lucro líquido da Petrobras no semestre teve influência decisiva da cotação do barril tipo Brent do petróleo no mercado internacional. De janeiro a junho de 2008, o barril custava, em média, US$ 123. Este ano, em período semelhante, o barril era cotado a US$ 59,60, em média. Outro fator que impactou positivamente o resultado da Petrobras foi a balança comercial da companhia, que somente no segundo trimestre, registrou superávit de R$ 1,45 bilhão. Esse desempenho foi obtido em função da diminuição das importações de diesel, em função da menor demanda, seja pela crise ou pelo desligamentos das térmelétricas movidas a óleo na maior parte deste ano. O aumento de biodiesel na matriz brasileira também possibilitou que se comprasse menos diesel no exterior. A receita líquida atingiu R$ 44,6 bilhões no segundo trimestre, um decréscimo de 18% na comparação com o resultado no segundo trimestre de 2008. O Ebitda (lucro antes juros, impostos, depreciação e amortização) somou R$ 17,513 bilhões, 6% abaixo do apurado de abril a junho do ano passado. A produção total da companhia foi de 2,524 bilhões de boe (barris de óleo equivalente), apresentando altas de 2% sobre o primeiro trimestre e de 6% sobre o mesmo período do ano passado. Os investimentos da Petrobras nos seis primeiros meses de 2009 totalizaram R$ 32,5 bilhões. Deste total, o destaque ficou para a ampliação da capacidade futura de produção de petróleo e gás natural no país, que consumiu 45% do total.

quarta-feira, 12 de agosto de 2009

Governo Federal - Gripe Suína

O Governo Federal gastou menos de um décimo do dinheiro separado para o combate da Influenza A (H1N1) - a gripe suína - no país.No dia 20 de maio de 2009, foram anunciados R$ 129,5 milhões para a prevenção de uma pandemia do vírus -verbas liberadas através da Medida Provisória 463. Mas até o dia 3 agosto, somente R$ 11,9 milhões (ou 9,2%) haviam sido efetivamente gastos.O Ministério da Saúde é o responsável pela maior parte do dinheiro (R$ 102,4 mi). Segundo a assessoria do ministério, a demora nos gastos ocorre porque "a execução dos recursos leva em conta os diferentes cenários e as necessidades geradas pelo comportamento da doença".A pasta ainda argumenta que a maior parte dos recursos já está comprometida com os gastos. Segundo dados do ministério, R$ 68 milhões estão empenhados - ou seja, já tem destino e objetivos certos, mas falta a efetiva prestação do serviço para que o governo pague o valor ao prestador.
Mais sobre o vírus

Aprender a identificar os estados gripais e desvendar os mitos sobre a gripe suína pode ajudar a controlar a ansiedade que a doença vem provocando.

Gripe e resfriado têm as mesmas causas e sintomas parecidos

FALSO - As gripes comuns são causadas pelo vírus influenza A, B ou C, que infectam as vias aéreas (nariz, garganta e pulmões). Os sintomas podem ser: indisposição, febre alta (persistente de 3 a 5 dias), tosse, dores musculares, dor de cabeça, calafrios, coriza, fadiga e mal-estar generalizado. Em alguns casos, pode haver náuseas, vômito e diarreia. Nos resfriados, a febre é baixa ou ausente e ocorre de 2 a 4 dias. Em geral, são causados por rinovírus (existem mais de 100 deles), parainfluenza (4 tipos), adenovírus (50 tipos) e coronavírus (4 tipos humanos), entre outros. Na gripe suína, os sintomas são similares aos das gripes comuns, mas, de um modo geral, a vítima não apresenta coriza e pode ter mais náuseas e vômito.

Tomar vitamina C previne a gripe suína

FALSO - Tomar vitamina C não previne a gripe suína. A falta dessa vitamina tem relação com a gripe porque níveis alterados desse nutriente podem levar a alterações do sistema imunológico. Assim, seu uso é indicado somente para situações onde há deficiência desse nutriente, cuja falta prejudica não só o desempenho do organismo na defesa contra a influeza A, como para outras doenças. Entretanto, não existe comprovação de que, em organismos bem nutridos, a vitamina C traga benefícios extras. Ao contrário, seu consumo indiscriminado pode até trazer efeitos tóxicos para o indivíduo. Por isso, a dosagem ideal deve ser indicada por um médico.

Tomar chá de alho, hortelã ajuda a aplacar a gripe suína

PARCIALMENTE VERDADEIRO - Ainda não existem evidências científicas de que o consumo dessas ervas possam ter efeitos protetivos contra a gripe suína. Mas, especialistas em medicina natural afirmam que o alho é útil nas infecções do aparelho respiratório e suas propriedades combatem a proliferação de vírus. Se consumido junto como complemento ao tratamento convencional, pode ter serventia. Quanto à hortelã, trata-se de um brando germicida natural utilizado para alívio de incômodos do aparelho digestivo, conferindo mero efeito refrescante para o aparelho respiratório.

Os medicamentos usados contra gripe suína podem gerar resistência


VERDADEIRO - Os remédios utilizados para a gripe suína agem inibindo a disseminação do vírus, que tem capacidade de mudar e se adaptar, criando mecanismos de reprodução imprevisíveis, podem gerar resistência.
Pegar vento ou andar descalço pode predispor à gripe suína
PARCIALMENTE VERDADEIRO - A exposição ao frio ou calor excessivo pode prejudicar várias funções do corpo, podendo causar alterações metabólicas, incluindo modificações nas condições das defesas imunológicas. Um exemplo disso é a mudança brusca do tempo, que predispõe a quadros alérgicos com aparecimento de secreção: se a pessoa se expõe ao vírus, com alteração anatômica e funcional das mucosas do trato respiratório (pelo quadro alérgico), terá maior dificuldade para se defender do vírus.
Se alguém pegar o vírus ficará imune à doença, mesmo que ela se manifeste em uma eventual segunda onda
FALSO - Uma vez infectada, a pessoa fica imune ao vírus e, portanto, não ocorrerá a reincidência da doença. Mas se esse mesmo vírus vier a sofrer mutações, gerando uma segunda onda de contágio, o indivíduo não estará imune à versão mutante.
O vírus pode ficar incubado ao longo da vida e pode se manifestar no futuro
FALSO - O H1N1 não causa esse tipo de fenômeno.
Obesidade pode aumentar a predisposição ao vírus
VERDADEIRO - Estudo realizado na Califórnia revelou que 2/3 dos pacientes diagnosticados com a gripe suína, tinham doenças crônicas como asma, obstrução pulmonar, imunodeficiência, doença cardíaca (congênita ou coronária) e diabetes. A grande surpresa foi ter identificado entre elas a obesidade, que se cogita incluir no rol das condições de risco. Acredita-se que o excesso de peso na região abdominal comprima o pulmão, agravando os sintomas da doença.

Irã- Protestos pós eleições

Líderes oposicionistas iranianos disseram que 69 pessoas foram mortas nos protestos depois das polêmicas eleições de junho -- mais do que o dobro da cifra oficial de 26 mortos -- e o Parlamento prometeu investigar, disseram jornais reformistas nesta terça-feira.
Muitos conservadores compartilham da indignação dos reformistas pelo tratamento dispensado a mais de 4.000 pessoas que oficialmente foram detidas durante as manifestações que se seguiram à reeleição do presidente Mahmoud Ahmadinejad.
A oposição diz que o pleito foi fraudado, acusação negada por autoridades, inclusive o líder supremo do país, aiatolá Ali Khamenei, que acusou potências ocidentais de promoverem os distúrbios.
"Os nomes de 69 pessoas que foram mortas nos distúrbios pós-eleitorais... foram submetidos ao Parlamento para investigação. O relatório também incluiu os nomes de cerca de 220 detentos", disse Alireza Hosseini Beheshti, aliado do ex-candidato moderado à Presidência Mirhossein Mousavi, ao jornal Sarmayeh."
Alireza Jamshidi, porta-voz do Poder Judiciário, disse em entrevista coletiva que mais de 4.000 manifestantes foram detidos depois da eleição, sendo que 3.700 foram soltos no prazo de uma semana.
Ainda há políticos, jornalistas, ativistas e advogados detidos, segundo ele.Ali Larijani, presidente do Parlamento, disse após uma reunião na segunda-feira com membros de uma comissão parlamentar de inquérito que os casos de mortes e prisões serão cuidadosamente avaliados, disse o jornal Etemad-e Melli.
Mehdi Karoubi, que também disputou a eleição de 12 de junho, disse no domingo que alguns manifestantes -- homens e mulheres -- sofreram violações sexuais na prisão. Ele disse que escreveu há dez dias para o ex-presidente Akbar Hashemi Rafsanjani, um moderado que hoje dirige um importante órgão arbitral, pedindo um inquérito, mas que não recebeu resposta.
"Tais acusações (de abusos contra detentos) serão investigadas pelo Parlamento", disse Larijani, um conservador que frequentemente criticava as políticas de Ahmadinejad.Rafsanjani, que apoiou Mousavi na eleição, anunciou que não conduzirá preces na sexta-feira desta semana para evitar que se repitam os confrontos que se seguiram ao seu último sermão.Seguidores de Mousavi e policiais entraram em confronto em 17 de julho depois que Rafsanjani declarou pelo rádio que a República Islâmica havia mergulhado numa crise por causa da eleição.Rafsanjani também exigiu a libertação de personalidades oposicionistas, num aparente desafio ao líder supremo Khamenei, que se posicionou fortemente ao lado de Ahmadinejad.
O presidente, que tomou posse na semana passada, deve nomear um gabinete e buscar aprovação do Parlamento, num processo que pode ser complicado.

Crise Econômica- Corrupção

O presidente do Conselho de Ética do Senado, Paulo Duque (PMDB-RJ), arquivou nesta quarta-feira (12) a representação contra o líder do PSDB, Arthur Virgilio (AM). O tucano disse que vai devolver mais de R$ 210 mil aos cofres da Casa para ressarcir as despesas de um assessor que continuou recebendo dinheiro público mesmo vivendo na Europa. Segundo Duque, o pagamento - a qualquer tempo - extingue a ação penal. Ele baseou os argumentos dele em uma decisão do ministro Cezar Peluso, do Supremo Tribunal Federal, que trata de caso semelhante. Exaltado, Virgilio disse, sem citar nomes, que há "outros casos de pessoas trabalhando fora do país". Virgilio também é acusado de ter influenciado para pedir ressarcimento por despesas com tratamento de saúde de sua mãe no valor de cerca de R$ 780 mil (o teto é de R$ 30 mil). Duque justificou o arquivamento dessa representação ao alegar que "no que diz respeito às despesas do tratamento médico da genitora do representado, não era ele o ordenador de despesas nem tinha o poder de autorizar o pagamento, restando-lhe, no máximo, o papel de peticionário, no caso. Ora, não há ilicitude em formular um pedido."O senador tucano também foi acusado pelo líder do PMDB no Senado, Renan Calheiros (AL), de ter quebrado o decoro ao receber empréstimo do ex-diretor-geral da Casa Agaciel Maia, envolvido em denúncias de corrupção e de ter omitido da Receita Federal o imóvel onde vive.Sobre essas últimas duas acusações, Duque alegou que "a representação não pode ser acolhida pela simples razão de eles não configurarem competência deste Conselho". Segundo Duque, o Conselho de Ética só deve fazer "o exame da legitimidade ativa do representante" e, portanto, não haveria porque o conselho investigar o empréstimo ou a omissão da casa, que não tem ligação com a atividade legislativa.Tanto Duque quanto Virgilio negaram que haja um acordo para dar fim aos processos contra o tucano, contra Renan e Sarney. "Eu não sei se o PMDB aconselhou o arquivamento, mas eu não posso aceitar que para provar que não teve acordo fossem cassar meu mandato", afirmou Virgilio."Eu sugiro aos menos apressados que esperem, pois nós vamos mostrar se houve ou não houve o tal acordão", ironizou Virgilio referindo-se às próximas votações no Conselho de Ética.
Arquivamentos

Paulo Duque é suplente do suplente na vaga deixada pelo governador do Rio de Janeiro, Sergio Cabral, e aliado do presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP). O presidente do Conselho de Ética do Senado já arquivou todos os pedidos de investigação contra Sarney, mas a oposição recorreu. A oposição votará a favor do desarquivamento dos processos contra Renan e Sarney no Conselho do Ética.

Pepsico compra produtora de água de coco do Brasil

PepsiCo compra produtora brasileira de água de coco Amacoco

A gigante de alimentos PepsiCo anunciou hoje que fechou um acordo para comprar a Amacoco, a maior produtora de água de coco do Brasil, o que a torna líder do setor no país e aumenta sua presença na América Latina.
"A transação reflete o compromisso em longo prazo da PepsiCo de investir no Brasil e em outros mercados importantes da América Latina", afirmou, em comunicado, o presidente do Departamento de Bebidas da PepsiCo na região, Luis Montoya, ao anunciar a operação, cujo valor não foi divulgado.
O acordo fechado pela PepsiCo, que prevê investir mais de US$ 3,3 bilhões na América Latina "nos próximos anos", significa a entrada da companhia no mercado de água de coco e representa mais um passo na transformação em seu setor de bebidas.
A Amacoco produz e vende a água de coco das marcas Kero Coco e Trop Coco, que controlam a maior parte das vendas desta bebida envasilhada no Brasil.
"A Amacoco complementará o negócio atual da empresa e aumentará suas perspectivas futuras na América Latina e fora dela", afirmou o responsável pelo Departamento de Bebidas de PepsiCo no continente americano, Massimo D'Amore.
O diretor afirmou que, "nos Estados Unidos, as vendas deste produto estão experimentando um crescimento extraordinário" e acrescentou que a compra da empresa brasileira "gero o potencial para uma inovação de produtos muito interessante".
O contrato fechado hoje inclui a compra de duas fábricas, uma situada em Petrolina, em Pernambuco, e outra em São Mateus, no Espírito Santo

domingo, 9 de agosto de 2009

Advertencia - Gripe Suína RS

Rio Grande do Sul confirma mais 11 mortes provocadas pela gripe suína
A Secretaria Estadual de Saúde do Rio Grande do Sul confirmou na noite deste sábado mais 11 mortes por causa pela gripe suína, conhecida como Influenza A (H1N1). As novas mortes foram diagnosticadas por exames realizados pela Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz). O Estado já registra 44 mortes provocadas pela doença.
Dentre as vítimas, uma gestante de 33 anos, que morreu em Alegrete, no dia 22 de julho. No dia 23 de julho foram registrados três casos: um índio de 49 anos que vivia em uma aldeia e era pneumopata crônico -- sofria de uma doença pulmonar-- em Santa Maria, e duas mulheres sem doenças preexistentes, uma em São Borja e a outra de Passo Fundo.
No dia seguinte (24), morreu um homem obeso de 38 anos que morava em Uruguaiana. Em 27 de julho, foi a vez de um soldador do Rio Grande de 24 anos e sem nenhuma doença aparente. No dia 30 de julho, foi registrada a morte de um aposentado obeso de 37 anos em Alegrete, de uma menina de 9 anos em Novo Hamburgo que tinha meningomielocele --uma doença neurológica-- e de outra gestante de 35 anos, dona de casa de Cruz Alta. Em Uruguaiana, morreu uma dona de casa de 48 anos no dia 31 de julho. E a última morte foi registrada na última terça-feira (3), um auxiliar de frigorífico de 30 anos, em Passo Fundo.
Com estes novos casos divulgados pelo Centro Estadual de Vigilância em Saúde do Rio Grande do Sul, o número de mortos no Brasil passa para 181 pessoas.
Outros casos
A Secretaria Municipal de Saúde de Maringá (PR) confirmou neste sábado mais uma morte em decorrência da gripe suína. Uma mulher de 24 anos que teve bebê há poucos dias.
Segundo o secretário de Saúde do município, Antônio Carlos Nardi, a mulher não tinha nenhum histórico de doença preexistente. Ela estava internada em uma UTI (Unidade de Tratamento Intensivo) da cidade há vários dias em estado grave e morreu na tarde de ontem (7).
Hoje pela manhã a Secretaria Estadual de Saúde de
Santa Catarina também confirmou mais duas mortes. As vítimas são mulheres e não estavam grávidas.
Ontem, as secretarias de Saúde de
São Paulo, Paraná e Rio Grande do Sul divulgaram a confirmação de, ao todo, mais 26 mortes. Em São Paulo, o número de óbitos chegou a 69 --o Estado tem o maior número de vítimas do país.
Sintomas
A gripe suína é uma doença respiratória causada pelo vírus influenza A, chamado de H1N1. Ele é transmitido de pessoa para pessoa e tem sintomas semelhantes aos da gripe comum, com febre superior a 38ºC, tosse, dor de cabeça intensa, dores musculares e nas articulações, irritação dos olhos e fluxo nasal.
Para diagnosticar a infecção, uma amostra respiratória precisa ser coletada nos quatro ou cinco primeiros dias da doença, quando a pessoa infectada espalha vírus, e examinadas em laboratório.
Os antigripais Tamiflu e Relenza, já utilizados contra a gripe aviária, são eficazes contra o vírus H1N1, segundo testes laboratoriais, e parecem ter dado resultado prático, de acordo com o CDC (Centros de Controle de Doenças dos Estados Unidos).

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

Conselho de Ética

Conselho de Ética tem outras sete acusações contra Sarney para analisar
O presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), se livrou nesta quarta-feira de três denúncias e uma representação no Conselho de Ética. Sarney, no entanto, ainda é alvo de outras sete acusações. O presidente do Conselho de Ética, Paulo Duque (PMDB-RJ), sinalizou que deve arquivar as outras reclamações.
Na avaliação dos parlamentares, está nas mãos da bancada do PT --a segunda maior na Casa, com quatro votos no colegiado-- a decisão de abrir processos contra Sarney. Duque terá que se posicionar ainda sobre três representações do PSDB e uma do PSOL, além de duas denúncias protocoladas pelo líder do PSDB, Arthur Virgílio, e Cristovam Buarque (PDT-DF) e outra que foi protocolada por individualmente por Virgílio. São acusações de tráfico de influência, ocultação de informações à Justiça Eleitoral e responsabilidade pelos atos secretos.
O prazo final para que o presidente do colegiado se posicione sobre essas ações termina na sexta-feira, mas ele anunciou que deve tratar delas na próxima quarta-feira (12). Duque deve utilizar os mesmos argumentos para livrar Sarney de qualquer mal-estar no Conselho de Ética.
"Se forem iguais, não tem mais sentido. Se forem, espero que não sejam. Não conheço o teor das outras", disse.
Ao arquivar três denúncias contra o presidente do Senado e uma representação, o peemedebista lançou mão de um entendimento do STF (Supremo Tribunal Federal) e de normas internas do colegiado. O STF afirmou, segundo Duque, que recortes de jornais não podem justificar ações no Conselho de Ética. Duque também recorreu ao artigo do regimento que determina que as denúncias devem ser arquivadas quando os "fatos relatados forem referentes ao período anterior ao mandato".
O PSOL pede investigação de Sarney por ter omitido da Justiça Eleitoral uma propriedade avaliada em R$ 4 milhões. Há também três representações do PSDB, que tratam do suposto envolvimento de Sarney com atos secretos, suspeita de favorecimento do neto nas operações de crédito consignado e também da fundação que leva seu nome, além de mentir sobre sua participação na administração da fundação.
As denúncias protocoladas por Virgílio e Cristovam tratam do suposto envolvimento de Sarney em vendas de terras sem pagamento de impostos e recebimento de informações privilegiadas da Polícia Federal em investigação envolvendo seu filho, Fernando Sarney.
Sarney fez um discurso hoje em plenário negando todas essas acusações.

Pressão em Honduras pela OEA

OEA decide enviar missão a Honduras para pressionar por retorno de Zelaya

O Conselho Permanente da OEA (Organização dos Estados Americanos) concordou nesta quarta-feira, em uma reunião fechada, em enviar "o mais cedo possível" uma delegação a Honduras para convencer o governo provisório a negociar com mediadores internacionais que buscam a restituição do presidente deposto, Manuel Zelaya. Nesta quarta-feira, milhares de hondurenhos iniciaram, em diversas regiões do país, caminhadas em direção a Tegucigalpa e à cidade de San Pedro Sula para exigir a restituição de Zelaya e, na capital, dezenas de estudantes da Universidade Nacional Autônoma de Honduras se envolveram em um confronto com a polícia. As autoridades invadiram o local e dispararam bombas de gás lacrimogêneo durante um protesto dos alunos.Os estudantes faziam um protesto contra a deposição, no dia 28 de junho, do presidente Manuel Zelaya e foram reprimidos com violência pelos policiais.A própria reitora da universidade, Julieta Castellanos, foi vítima da ação da polícia. Ela foi empurrada pelos agentes e caiu no chão quando discursava contra a invasão. Os estudantes atiraram pedras e chegaram a expulsar os policiais, que retornaram com uma ação mais enérgica."A polícia invadiu a universidade e entrou nos prédios. Eu também fui empurrada", disse Castellanos. Entretanto, a reitora reconheceu que alguns restaurantes da universidade foram destruídos pelos estudantes, o que considerou "repudiável".As marchas que tiveram início nesta quarta-feira são organizadas pela Frente Nacional de Resistência Contra o Golpe de Estado, formada por dezenas de organizações civis que, desde que Zelaya foi tirado do poder, mobilizam-se contra o regime de facto, liderado por Roberto Micheletti, nomeado presidente pelo Congresso.Os protestos devem terminar na próxima terça-feira (11), quando os manifestantes terão percorrido um total de 105 km. O Banco Central de Honduras informou nesta quarta-feira que os seguidores de Zelaya começaram a marcar as notas de dinheiro do país com mensagens contra o golpe de Estado.Segundo a instituição, "notas de vários valores têm sido objeto de inscrições políticas vinculadas com os acontecimentos recentes em Honduras", o que está provocando "uma deterioração acelerada das notas", que terão de ser retiradas antecipadamente de circulação.Em um comunicado, o Banco Central hondurenho disse ainda que essa situação causará "fortes danos à economia da nação", porque uma nova emissão de bilhetes "representa fortes gastos fiscais".Entre as mensagens, impressas com selos, estão "Fora Micheletti golpista", "Não ao golpe de Estado" e "Sim à Constituinte".A moeda de Honduras --lempira--, circula nos valores de um, dois, cinco, dez, 20, 50, cem e 500.

Histórico

Zelaya foi deposto nas primeiras horas do dia 28 de junho, dia em que pretendia realizar uma consulta popular sobre mudanças constitucionais que havia sido considerada ilegal pela Justiça. Com apoio da Suprema Corte e do Congresso, militares detiveram Zelaya e o expulsaram do país, sob a alegação de que o presidente pretendia infringir a Constituição ao tentar passar por cima da cláusula pétrea que impede reeleições no país.O presidente deposto, cujo mandato termina no início do próximo ano, nega que pretendesse continuar no poder e se apoia na rejeição internacional ao que é amplamente considerado um golpe de Estado --e no auxílio financeiro, político e logístico do presidente venezuelano, Hugo Chávez-- para desafiar a autoridade do presidente interino, Roberto Micheletti, e retomar o poder.Isolado internacionalmente, o presidente interino resiste à pressão externa para que Zelaya seja restituído e governa um país aparentemente dividido em relação à destituição, mas com uma elite política e militar --além da cúpula da Igreja Católica-- unida em torno da interpretação de que houve uma sucessão legítima de poder e de que a Presidência será entregue apenas ao presidente eleito em novembro --as eleições estavam marcadas antes da crise, e nem o presidente deposto nem o interino são candidatos.No último sábado (1º), Zelaya prometeu retornar ao poder por meios pacíficos e negou que esteja armando grupos de partidários perto da fronteira com a Nicarágua, como foi denunciado pelo governo interino.

sábado, 1 de agosto de 2009

Sarney está prestes a renunciar ao cargo

O senador José Sarney lutou muito, mas não conseguiu vencer os fatos. Ao decidir disputar a presidência do Senado, em fevereiro passado, acreditava que o cargo era uma garantia de imunidade para ele e a família - aquela altura já investigada pela Polícia Federal por suspeita de uma multiplicidade de crimes. A visibilidade, porém, teve efeito contrário e acabou colocando o mais longevo dos políticos brasileiros no centro de uma devastadora crise de no Congresso. José Sarney, o último dos coronéis, rendeu-se diante de tantos escândalos. Na semana passada, o senador disse ao presidente Lula que está cansado e que decidiu deixar o cargo.Não aguento mais. Vou negociar uma saída", afirmou, de acordo com um interlocutor privilegiado do presidente Lula. A conversa aconteceu na segunda-feira, pelo telefone, quando o presidente ligou para saber notícias sobre o estado de saúde de Marly Sarney, esposa do presidente do Senado, que se recupera de uma cirurgia em São Paulo. Sarney, de acordo com o relato feito pelo presidente Lula, estava abatido, disse que não conseguia dormir havia dias e se culpava pelo estado de saúde da mulher, que sofreu um acidente doméstico, fraturando o braço e o ombro.
Nos às vezes tortuosos códigos da política, desabafos como o do senador Sarney podem ser interpretados como um simples blefe, uma ameaça velada ou até chantagem de alguém em busca de proteção. Não é o caso. Desde o início da crise, Lula se empenhou pessoalmente na defesa do presidente do Congresso, sem qualquer pudor, a ponto de gerar constrangimentos ao seu partido, quando desautorizou publicamente o líder do PT, senador Aloizio Mercadante, que havia pedido o afastamento do presidente do Congresso. Depois da conversa telefônica com José Sarney, porém, Lula mudou completamente o tom.
Antes disposto a sacrificar um pouco da própria popularidade em troca de um punhado de votos no Congresso e de uma provável aliança com o PMDB na campanha eleitoral de 2010, o presidente vislumbrou a hora de mudar o discurso. Sarney? "Não é um problema meu. Não votei para eleger o presidente Sarney a presidente do Senado, nem para senador. Votei nos senadores de São Paulo. Quem tem que decidir se ele fica presidente é o Senado", disse o presidente em entrevista. Lula recolheu a bóia. Jamais, portanto, poderá ser acusado de ter associado sua credibilidade à tentativa de manter no cargo um presidente do Congresso envolvido em nepotismo, desvios dinheiros, contas no exterior... E, daqui a alguns dias, Lula pode, quem sabe, invocar até uma conveniente crise de amnésia: Sarney? Que Sarney?...
O presidente, o PMDB e seus aliados já começaram a discutir o futuro do Senado pós-Sarney, mas muito distante daquele que deveria ser o ponto de partida. Lula, por exemplo, está preocupado com questões mais práticas, como a sucessão. Trabalha para que Sarney renuncie, o que obrigaria o Senado a convocar novas eleições em cinco dias, evitando que a Casa ficasse sob o comando do vice-presidente Marconi Perillo, do PSDB. O PMDB, republicano como sempre, quer continuar com a presidência, mas tem dificuldades em encontrar um candidato que seja da absoluta confiança do partido e que tenha a ficha limpa - missão aparentemente impossível.
A desfecho da crise envolvendo Sarney representa um golpe contra as tradicionais oligarquias políticas brasileiras, mas não o definitivo - aliás, longe disso. Antônio Carlos Magalhães, Renan Calheiros, Jader Barbalho e Sarney produziram herdeiros, biológicos ou não, que mantêm vivas as seculares práticas coronelistas. O tamanho e a importância que tem o PMDB no cenário nacional é o maior exemplo disso. Como um câncer em processo de metástase, o partido é o abrigo seguro desse jeito peculiar de fazer política, destes grupos que continuam espalhados pela máquina do estado empenhados exclusivamente em girar a roda do fisiologismo e da corrupção.
Se a renúncia de Sarney se confirmar, alguém é capaz de imaginar que os indicados do senador no setor elétrico serão demitidos? Não, não serão. Eles continuarão lá, fazendo tudo que sempre fizeram, igualzinho ao que manda a cartilha atrasada pela qual rezam a maioria dos políticos brasileiros, independente a qual agremiação pertençam. Afinal, esta é, e vai ainda continuar sendo por muito tempo, a mais eficiente e segura forma de fazer política: trocando votos por cargos, permutando verbas por apoio, empregando parentes e amigos - tudo com o nosso dinheiro.