sexta-feira, 14 de agosto de 2009

Brasil - Petrobrás em queda


A Petrobras registrou lucro líquido de R$ 13,55 bilhões no primeiro semestre deste ano, queda de 20% frente aos R$ 16,956 bilhões observados entre janeiro e junho de 2008, que haviam sido recordes na história da empresa. No segundo trimestre, a estatal lucrou R$ 7,734 bilhões, redução de 20,4% em relação aos R$ 9,717 bilhões verificados em igual período no ano passado. Em relação ao primeiro trimestre deste ano, no entanto, houve alta de 33%, na comparação com os R$ 5,816 bilhões registrados de janeiro a março. O resultado, no trimestre, ficou acima das previsões dos analistas consultados pela Folha Online, que estimaram lucro entre R$ 6 bilhões e R$ 7 bilhões. A queda no lucro líquido da Petrobras no semestre teve influência decisiva da cotação do barril tipo Brent do petróleo no mercado internacional. De janeiro a junho de 2008, o barril custava, em média, US$ 123. Este ano, em período semelhante, o barril era cotado a US$ 59,60, em média. Outro fator que impactou positivamente o resultado da Petrobras foi a balança comercial da companhia, que somente no segundo trimestre, registrou superávit de R$ 1,45 bilhão. Esse desempenho foi obtido em função da diminuição das importações de diesel, em função da menor demanda, seja pela crise ou pelo desligamentos das térmelétricas movidas a óleo na maior parte deste ano. O aumento de biodiesel na matriz brasileira também possibilitou que se comprasse menos diesel no exterior. A receita líquida atingiu R$ 44,6 bilhões no segundo trimestre, um decréscimo de 18% na comparação com o resultado no segundo trimestre de 2008. O Ebitda (lucro antes juros, impostos, depreciação e amortização) somou R$ 17,513 bilhões, 6% abaixo do apurado de abril a junho do ano passado. A produção total da companhia foi de 2,524 bilhões de boe (barris de óleo equivalente), apresentando altas de 2% sobre o primeiro trimestre e de 6% sobre o mesmo período do ano passado. Os investimentos da Petrobras nos seis primeiros meses de 2009 totalizaram R$ 32,5 bilhões. Deste total, o destaque ficou para a ampliação da capacidade futura de produção de petróleo e gás natural no país, que consumiu 45% do total.

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