domingo, 5 de julho de 2009

Informática

Programas de edição facilitam a vida de profissionais da área

DANIELA ARRAISda Folha de S.Paulo

Profissionais das áreas de cinema e vídeo revelam como começaram suas carreiras e que programas de edição costumam usar. A Folha conversou com três deles.
Eliza Capai trabalha como free-lancer e edita conteúdos variados para TVs e documentários. "Comecei com o Adobe Premiere. Hoje em dia uso Final Cut", diz.
Arquivo pessoal
O cineasta Daniel Augusto, que edita seus projetos autorais no programa Final Cut, que considera como "simples e eficaz"
"A cada dia os programas ficam mais simples. Mesmo os profissionais vão ficando mais intuitivos. A molecada que começa hoje tem acesso muito mais rapidamente a programas que resolvem a edição e a formatos de gravação mais simples."
De março a setembro do ano passado, Eliza viajou do Panamá a Nova York realizando uma série sobre a América Central. "Em uma mochila de seis quilos, eu tinha o equivalente a uma produtora. Editava o material de onde estivesse e enviava por FTP para as emissoras de TV", diz.
"O que eu achava mais fantástico era que ia para as cidades, produzia e gravava e, na hora de editar, escolhia o lugar mais bonito e sentava lá. Já editei na base de um vulcão na Nicarágua. Abria o laptop, só precisava de energia elétrica e começava meu trabalho", afirma.
O resultado da viagem você confere em www.tal.tv/central-artes.asp.
Daniel Guarda começou a trabalhar com vídeos em 2001, por conta de um trabalho da faculdade de comunicação audiovisual. Um amigo dele tinha um computador G3, da Apple, com o iMovie, software de edição de vídeo, instalado.
"Foi bom porque aprendi alguns termos técnicos e alguns macetes de linguagem, em casa mesmo, de uma forma divertida e interessante. Isso me ajudou a, mais adiante, ter facilidade para entender o funcionamento de softwares profissionais."
Depois de formado, Guarda passou a mexer no Final Cut. Em casa, usa a versão Pro. Na produtora em que trabalha, usa o Avid Express.
"Ambos têm seus pontos positivos e negativos. O Final tem um layout mais bonito e agradável, além de ter uma linha do tempo mais flexível para manipulação. Já o Avid tem um sistema de aplicação de fade e outros efeitos muito mais práticos, além de permitir tratar as cores da imagem quase como em um programa de finalização."
Experimentos
Daniel Augusto, diretor de cinema e televisão, costuma usar o Final Cut em trabalhos autorais. "É [um programa] simples e eficaz. Qualquer um pode operá-lo. Os programas evoluíram muito. Antes você gastava horas para fazer pouco. Agora tudo é rápido", afirma. "A questão mais complexa para quem deseja operar é saber as linguagens do cinema e da televisão."
Augusto dispensou editor em seu curta "She's Lost Control". "É um trabalho que eu escrevi, assumi a direção e tive minha esposa como atriz principal. É, portanto, um trabalho autoral. Assim, não fazia sentido outra pessoa editar: eu mesmo editei, sozinho."

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