sábado, 4 de julho de 2009

SARNEY, NADA MUDOU

Sarney determina abertura de processo administrativo contra Agaciel e Zoghbi
Comissão de sindicância os aponta como responsáveis por atos secretos. Outros servidores responderão a processo por terem descumprido normas
O presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), determinou a abertura de processo administrativo para apurar as responsabilidades do ex-diretor-geral da Casa, Agaciel Maia, e do ex-diretor de Recursos Humanos, João Carlos Zoghbi, em relação aos atos secretos do Senado. A determinação decorre da sugestão da comissão de sindicância aberta por Sarney há cerca de duas semanas. A comissão coletou depoimento de funcionários que cuidam do processo de publicação dos atos do Senado e concluiu que Maia e Zoghbi determinaram a omissão de algumas decisões da mesa diretora da Casa. Segundo a sindicância, os dois cometeram crimes de improbidade administrativa e prevaricação. Zoghbi admitiu no depoimento à sindicância que deu ordens para manter alguns atos secretos, sempre respeitando a determinação do diretor-geral. Já Maia diz no depoimento que “não deu ordem nesse sentido para nenhum servidor”. Caso o processo administrativo aponte a culpa dos dois, eles podem sofrer uma advertência, uma suspensão por 90 dias e até a demissão. O relatório da sindicância também diz que nenhum dos servidores admitiu ter recebido ordens de senadores para impedir a publicação dos atos. Franklin Albuquerque Paes Landim (chefe do serviço de publicação do Senado), Jarbas Mamede (substituto de Franklin em sua ausência), Ana Lúcia Gomes de Melo (chefe de gabinete da diretoria de Recursos Humanos), Washington Luiz Reis Oliveira (antecessor de Franklin na chefia de serviço de publicação) e Celso Antônio Martins Menezes (ex-chefe de gabinete de Agaciel) também serão alvos de processo administrativos por terem acatado as ordens de Zoghbi e Maia e descumprido os deveres funcionais. O líder do PSDB no Senado, senador Arthur Virgílio (PSDB-AM), disse que não acredita que os dois funcionários possam ter omitido todos os atos sozinhos, sem auxílio dos senadores. “Agaciel e Zoghbi são capazes de cometer os crimes que cometeram, mas não são super-homens. Eu não acredito que haja isenção completa de senadores nesse episódio”, disse.

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