OS PRINCIPAIS FATORES DE MIGRAÇÃO
Principais fatores de migração
Em termos de motivação das migrações pelo mundo,
podemos elencar dois principais tipos de condicionantes: os fatores
atrativos e os fatores repulsivos.Como os nomes já indicam, os
primeiros representam a realização do fluxo migratório por algum elemento ou
vantagem disponível no local de destino, ao passo que os segundos envolvem os
problemas apresentados nos locais de origem, que forçam a saída do migrante.
Fatores atrativos de migração
Entre os fatores atrativos, podemos citar como
exemplo as melhores condições de vida, renda e emprego que alguns países –
sobretudo os desenvolvidos – oferecem quando em comparação com o lugar de
origem.
Fatores repulsivos de migração
Já entre os fatores repulsivos, podemos citar
as precárias condições vida do território de onde o migrante provem, além de
crises econômicas, conflitos militarizados, ameaças aos direitos humanos e
outros problemas. Em muitos casos, as migrações ocorrem pela combinação dos
fatores atrativos e repulsivos.
Classificação dos fluxos migratórios
É possível, também, classificar os movimentos
migratórios de diversas formas, levando-se em consideração os mais diferentes
critérios. O mais comum deles é a forma que ele acontece no nível do controle
(ou da ausência dele).Desse modo, existem os movimentos voluntários,
motivados por razões pessoais ou até afetivas dos migrantes; os
movimentos forçados, quando o ato de migrar não é uma escolha, mas uma
imposição, como em casos de diásporas (dispersão), escravidão ou perseguição; e
os movimentos controlados, quando as migrações são controladas pelo poder
público, seja por fatores demográficos ou estatísticos, seja por classes
sociais ou por razões ideológicas.Em 2009, a Organização das Nações Unidas
divulgou alguns dados conclusivos a respeito dos fluxos migratórios pelo mundo
em seu Relatório do Desenvolvimento Humano, divulgado pelo PNUD (Programa das
Nações Unidas para o Desenvolvimento).De acordo com esse documento, mais de 195
milhões de pessoas não residiam em seus países de origem, o que equivalia, na
época, a quase 4% da população mundial.Do total de migrantes existentes,
segundo o mesmo relatório, mais da metade residia em países considerados
desenvolvidos, de modo que boa parte do restante morava em países emergentes
com alto grau de industrialização, que vêm recebendo o volume cada vez maior
desses imigrantes em razão da crise que afetou o mundo desenvolvido em 2011.
Volume de imigrantes
O grande volume de migrantes é tratado, muitas
vezes, como um problema de extrema urgência e relevância por parte de muitos
países, principalmente os Estados Unidos e os membros da União Europeia.
Estima-se que cerca de 42% de todos os migrantes do
mundo vão para os EUA, ao passo que 12,3% vão para a Rússia e 10,8% para a
Alemanha. Em detrimento, os respectivos governos lançam pesadas medidas de
restrição de imigrantes, que continuam entra em suas fronteiras de maneira
ilegal.O caso mais emblemático de protecionismo é o da fronteira entre os
estadunidenses e mexicanos, onde foi construído um longo muro, com forte
esquema de segurança em algumas áreas, para evitar a entrada de imigrantes
latino-americanos.No entanto, mesmo com essa barreira, um grande número de
pessoas entram ilegalmente atravessando essa área sob as mais diversas formas e
estratégias.
Fluxo migratório na Europa
A Europa recebe, todos os dias, inúmeras pessoas
oriundas da África e do Oriente Médio, sendo o Mar Mediterrâneo uma das
principais portas de entrada, ao mesmo tempo em que é um dos lugares onde mais
se perdem vidas de pessoas que tentam mudar de país a fim de encontrarem
melhores condições de vida.
Fluxo migratório no Brasil
O Brasil também vem recebendo um grande número de
imigrantes, a maioria advinda de países que sofrem com graves convulsões
políticas e econômicas, com destaque para o Haiti e, mais recentemente, da
Síria. Outros territórios que enviam uma grande quantidade de pessoas ao nosso
país são a Somália, o Congo e a Angola.No caso dos haitianos, a principal porta
de entrada nos últimos anos vem sendo a fronteira com a Bolívia, onde se
encontra o estado do Acre. Após entrarem em território brasileiro, os
imigrantes buscam áreas no país com maior industrialização e ofertas de
emprego, como as capitais estaduais e a região sudeste como um todo.Em muitos
casos, os migrantes ajudam a estruturar a economia dos países para onde migram,
ocupando uma grande quantidade de postos de trabalho e também realizando
serviços a um custo menor do que a mão de obra local.
Imigrantes Ilegais
Além disso, muitos imigrantes, pelo fato de serem
ilegais, aceitam trabalhar em regime de quase escravidão ou com salários muito
baixos e nenhum direito trabalhista. Por outro lado, é bastante impactante na
economia as remessas de dinheiro que essas pessoas enviam para suas famílias em
seus países de origem.Um outro importante ponto a ser destacado é a questão dos
refugiados, aqueles migrantes que precisam abandonar às pressas seu território
de origem por motivos de perseguição, existências de conflitos ou completa
falta de condições de vida.De acordo com a ONU, 7% dos migrantes internacionais
são refugiados, com a maior parte oriunda da África e da Ásia.
Xenofobia
Não obstante, um dos mais graves problemas
enfrentados no âmbito das migrações internacionais é a questão da xenofobia,
que é a aversão ou preconceito praticado contra povos estrangeiros.
Esse problema é recorrente na Europa e nos Estados
Unidos, mas também vem se manifestando no Brasil, quando, além da intolerância
cultural, praticam-se ato de violência e repúdio contra os migrantes.Em alguns
casos, ONGs e militantes políticos acusam até mesmo os governos de praticarem
medidas xenófobas, como a restrição violenta a imigrantes ou a sua sumária
expulsão, entre outros casos.
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